quarta-feira, 22 de junho de 2011

Agora, apenas eu.


Não havia espaço para nós duas.
Só existia uma solução.
Era eu ou ela.

Deixei ela viver.
Por tempo demais até.
Estive escondida por todo esse tempo.

Sufocada em minha própria vida.
Esmagada por dores e tristezas de alguém amargurada.
Torturada por pensamentos e lembranças dessa criatura sem amor.

Eu esperei pelo tempo certo.
Lutamos por uma vida.
E eu venci.

Então eu a matei.
E a enterrei na mais profunda cova.
De onde ela jamais poderá sair.

Hoje, ela vaga por aí, em apenas algumas lembranças perdidas no tempo.
Por mim, ela já foi esquecida.
Já não importa mais, está abandonada em um passado distante.

O outro dia chegou.
Outra alma no mesmo corpo.
Uma nova vida começa agora.

Ela se foi...



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