quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Procuro uma saída...



Procuro uma saída, mas só encontro muros a minha volta.
Quando encontro uma porta, entro em outra sala e sou novamente sufocada pela escuridão sendo atirada para o chão sem que eu possa ver o que me atingiu.
Como lampejos de esperanças enganosas, já me apareceram algumas luzes, que me guiaram por um curto caminho, porém foram rapidamente apagadas pelas sombras, antes que eu pudesse me agarrar a elas.
E é assim que sobrevivo nesse obscuro labirinto.
Tudo que encontro pelo meu caminho é arrancado por forças que eu nem ao menos enxergo.
Aqui perdida, com frio, cansada, sufocada pela dor agonizante e esquecida pelo tempo, continuo caminhando, tenho medo do que pode acontecer se eu parar, e mesmo com todas as feridas em meus pés e a grande vontade de me deitar, apena continuo pelas pedras e espinhos desse chão.
Não sei se é por esperança ou talvez por medo, por covardia ou sim por muita coragem, não sei se acredito realmente em alguma saída ou se tenho apenas curiosidade de ver o final. A verdade é que um dia pensei saber tudo, pelo menos tudo necessário, hoje eu vejo que não sei absolutamente nada.
Porém, apesar de tudo, hoje já não me sinto tão sozinha, mesmo que na realidade eu esteja, consigo sentir a presença de alguém ao meu lado, sinto um amor inexplicável, uma companhia agradável, alguém que eu não vejo, mas que se faz presente a cada momento, e é apenas por isso que eu consigo encontrar forças para lutar e seguir nesse caminho que chamam de vida.

                                                                                              

                                                       (Marjorie Cozzato)